domingo, 3 de outubro de 2010

‘Vamos à luta e vamos à vitória’, diz Serra sobre segundo turno

O candidato tucano à Presidência José Serra, que disputará o segundo turno das eleições com a petista Dilma Rousseff, afirmou na noite deste domingo (3) que vai “à luta” e “à vitória”. Serra fez um pronunciamento em São Paulo de cerca de 10 minutos, onde agradeceu à população por ter chegado ao segundo turno das eleições.

No momento do pronunciamento, com 99,76% das urnas apuradas, Dilma tinha 46,87% dos votos e Serra, 32,63%.

“Quero agradecer o carinho, a compreensão. Não foram as pesquisas que nos trouxeram até aqui. Foi o povo brasileiro, a população brasileira que nos trouxe até aqui. Eu sempre disse isso, que sendo a nossa 9ª campanha eleitoral, eu nunca tinha tido uma acolhida carinhosa, fraterna, esperançosa, e confiante como a que encontrei em todo o Brasil”, afirmou o candidato.

Globo

sábado, 2 de outubro de 2010

Estudo descobre evidência de que hiperatividade é genética



Um novo estudo publicado no site do jornal médico "The Lancet" na quarta-feira (29) descobriu uma evidência de que o distúrbio conhecido como TDAH (deficit de atenção e hiperatividade) pode ser genético. As crianças com o problema têm duas vezes mais chance de ter cromossomos ausentes ou excedentes do que as normais.

Pesquisadores britânicos compararam os genomas de 366 crianças brancas britânicas de 5 a 17 anos com TDAH aos de mais de 1.000 crianças sem o transtorno. Os cientistas focalizaram uma sequência de genes ligados ao desenvolvimento do cérebro, previamente associados a condições como autismo e esquizofrenia.

Cerca de 7% das crianças sem TDAH tinham excluído ou dobrado os cromossomos na sequência do gene analisado. Mas entre as crianças com a desordem, os pesquisadores levantaram que cerca de 14% tinham alterações genéticas.

"Esta é a primeira vez que descobrimos que as crianças com TDAH têm uma parte do DNA duplicado ou faltando", disse Anita Thapar, professora do Centro de Neuropsiquiatria Genética e Genômica da Universidade de Cardiff, que liderou o estudo.

Ela disse que os resultados ainda não afetam o diagnóstico ou o tratamento e são aplicáveis apenas aos caucasianos, pois os estudos não foram feitos com outras etnias.

Estima-se que o distúrbio afeta milhões de crianças ao redor do mundo e os cientistas sempre pensaram que a doença tivesse um componente genético.

Especialistas dos EUA acreditam que o TDAH atinge entre 3% e 5% das crianças em idade escolar no país. Não há números para as nações em desenvolvimento.

O estudo foi pago pela Action Research, Thomas Baily Charitable Trust, Wellcome Trust, Britain's Medical Research Council e pela União Europeia.

Peter Burbach, professor de neurociência molecular na Universidade e Centrol Médico Utrecht, na Holanda, foi surpreendido por alguns dos defeitos genéticos encontrados para o TDAH, idênticos aos do autismo e esquizofrenia. Ele não participou da pesquisa do "Lancet".

"Há uma grande chance de o meio ambiente modificar esses genes", disse Burbach, acrescentando que os genes podem levar a diversos transtornos cerebrais, dependendo da educação da criança ou de outros fatores genéticos.

Ele também acredita que os cientistas estão perto de reverter o distúrbio.

"Esta não é uma anormalidade estrutural do cérebro, é apenas a última fase do desenvolvimento que não deu certo", disse ele. "Poderia ser que o cérebro só precisa ser afinado."

Philip Asherson, professor de psiquiatria molecular no Instituto de Psiquiatria do King's College London, disse que o estudo apenas tratou um subgrupo de pessoas com TDAH e que o ambiente ainda deve ser considerado uma causa. No caso de alguns órfãos romenos, Asherson disse que não havia prova de que a privação severa em uma idade precoce pode levar ao TDAH ou a outros problemas neurológicos.

Asherson disse que o mundo médico ainda está a anos de distância de corrigir o distúrbio.

"O estudo não nos diz muito sobre o que está acontecendo no cérebro das pessoas com TDAH", disse ele. "Se pudermos descobrir mais sobre esses genes e como eles afetam o desenvolvimento do cérebro, vamos progredir, mas é difícil dizer quando isso vai acontecer."

Fonte: Portal Folha.com
Notícia publicada em: 30/09/2010
Autor: Indefinido